Yemanja

Yemanja
                                                                       
Dia da semana: Sábado

Cores: Branco, Azul, Prateado
Saudação: Erù-Iyá! Odó-Iyá!

Elementos: Água (águas doces que correm para o mar e água do mar)

Domínio: Maternidade (educação), Saúde mental e Psicológica

Instrumento: Abèbé Prateado (espécie de leque)

No Brasil, é muito venerada, e o seu culto tornou-se quase independente do Candomblé. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, é a mãe dos peixes, que representam fecundidade. Gosta muito de flores e é o costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, sem espinhos, que são lançadas ao mar para agradecimento. É a rainha de todas as águas do mundo, sejam as dos rios, ou as do mar. O seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo filhos são peixes. Em África era cultuada pelos Egbá, nação Iorubá da região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo transferiu-se para a região de Abeokutá, e levou consigo os objectos sagrados da deusa, que foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver com o Orixá Ogum. Apesar de no Brasil Iemanjá ser cultuada nas águas salgadas, a sua origem é num rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas saudações, orikís e cantigas remetem para essa origem, Odó Iyà por exemplo, significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas no encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de culto a Iemanjá.
Iemanjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo o mundo. Iemanjá é o espelho do mundo, que reflecte todas as diferenças, pois a mãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe, sobretudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons nos seus ofícios, mas dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.Iemanjá foi violentada pelo seu próprio filho, Orugan. Dessa relação incestuosa nasceram diversos Orixás e dos seus seios rasgados jorraram todos os rios do mundo. Iemanjá acabou desfazendo-se nas suas próprias lágrimas transformando-se num rio que correu em direcção ao oceano. Não é por acaso que as lágrimas e o mar têm o mesmo sabor.
É considerada a mãe da maioria dos Orixás de origem Iorubá. Iemanjá é a mãe que não faz distinção entre os seus filhos, sejam eles como forem, tenham ou não saído de seu ventre. Quando humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, criou também um grande guerreiro. Iemanjá criou Omulú, o rei da terra, o próprio Sol.
Características dos filhos de Iemanjá
São imponentes, majestosos e belos, calmos, sensuais, fecundos, cheios de dignidade e dotados de irresistível fascínio (o canto da sereia), são voluntariosos, fortes, rigorosos, protectores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm o sentido de hierarquia, fazem-se respeitar e são justos mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, não perdoam uma ofensa com facilidade e, se a perdoam, jamais a esquecem. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, dos tecidos azuis e vistosos, das jóias caras. Eles têm tendência para uma vida sumptuosa, mesmo se as possibilidades do quotidiano não lhes permitem um tal fausto.
As filhas de Iemanjá são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (Omulú). São possessivas e muito ciumentas. São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus. São pessoas fortes, rigorosas e decididas. Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte. São incapazes de guardar um segredo. Costumam exagerar nas suas verdades (para não dizer que mentem) e fazem uso de chantagens emocionais e afectivas. São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantendo com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.
Nas grandes famílias, há sempre um filho de Iemanjá, pronto a envolver-se com os problemas de todos, e gosta tanto disso que pode revelar-se um excelente psicólogo. Fisicamente, os filhos de Iemanjá tendem à obesidade, ou a uma certa desarmonia no corpo. São extrovertidos e sabem sempre tudo (mesmo que não saibam).
O HOMEM DE YEMANJÁ
Detalhista e exigente, o filho de Yemanjá é uma pessoa difícil de se tratar. Como tem um senso estético muito desenvolvido não tolera ter ao seu lado uma mulher desleixada e desarrumada. é extremamente ciumento e possessivo, embora não o demonstre. Essa sua característica gera muitas brigas ou pode levá-lo a adotar uma postura indiferente. Apesar disto ele é um bom companheiro, empenhado em harmonizar a vida a dois. A mulher que quiser conquistá-lo terá de entender ainda que a sua imagem sensual, reforçada pelo corpo bonito, esconde um parceiro sexual passivo, que espera que a companheira tome a iniciativa para então se soltar.
AFINIDADES
Com mulheres de Ogum, Oxanguian, Oxalá, Oxóssi e Obaluayê

A MULHER DE YEMANJÁ
É aquela mulher que todo homem sonha em encontrar. Tem voz meiga e calma, é delicada e dona de uma beleza harmoniosa. Como uma verdadeira sereia, ela sabe direitinho como enfeitiçar os homens. É passiva no assunto coração e adora se sentir segura na presença do companheiro, que nunca poderá ser um homem fraco diante da vida. Esse companheiro encontrará na filha de Yemanjá uma grande disposição sexual e um imenso desejo de agradá-lo. Porém estas qualidades podem se transformar repentinamente. Por trás da aparência meiga e encantadora há uma mulher extremamente vingativa e ciumenta, que pode chegar ao extremo de abandonar por vongança a pessoa amada, ou então, só para magoá-lo manter um romance paralelo.
AFINIDADES


Com homens de Oxunmaré, Oxalá, Oxóssi, Ogum e Xangô

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